O QUE SE ESPERAR EM 2022 DO MAIOR PORTO DA AMÉRICA DO SUL.
- Wagner Santos

- 7 de dez. de 2021
- 2 min de leitura

Brasil possui um total de 175 instalações portuárias de carga, incluindo portos e terminais marítimos e instalações aquaviárias. Temos portos ao longo da nossa costa e no interior do país utilizando nossas extensas bacias hidrográficas. Entre todos esses, o principal é o Porto de Santos, o mais próximo da maior e principal capital do Brasil, do maior potencial econômico brasileiro e da maior aglomeração urbana do país. O Porto de Santos movimenta hoje mais de 30% da balança comercial do país, recebe mais de 5 mil navios por ano e tem projetos com potencial para atrair bilhões de reais em investimentos.
Entre os ativos que a União pretende privatizar ainda no Governo Bolsonaro está a empresa Santos Port Authority (SPA), antiga (Codesp) e responsável pela administração do Porto de Santos. Ela é vista como a “cereja do bolo” do programa de concessões. Para o governo federal, a companhia integra o grupo de “grandes oportunidades” entre os ativos que serão ofertados ao mercado.
Para o Governo Federal a percepção é de que no caminho das águas para o Porto de Santos está um patrimônio que pode alavancar e muito a economia do País, desde que a empresa siga a direção dos sólidos resultados financeiros e de eficiência na gestão, e assim tem sido.
O maior complexo portuário da América do Sul, responsável pela movimentação de cerca de um terço da balança comercial brasileira, vem se preparando para sair da condição de
grande para se tornar um gigante, tanto em movimentação quanto em eficiência, mas a dúvida que persiste é que se essa filosofia arrojada de eficiência também será transferida a outros órgãos que envolvem a cadeia, como Receita Federal, Marinha, Anvisa, entre outros.
Se essa engrenagem funcionar, o Brasil vai crescer mais, e com isso, o Governo Federal quer fazer com que passem pelos terminais do Porto de Santos nada menos que 40% da balança comercial do Brasil, ou seja, um crescimento de mais de 30% da atual movimentação. O plano inclui deixar a casa arrumada para mudar de dono antes da disputa presidencial de 2022.
Se por um lado temos um Governo Federal correndo atrás do tempo, de outro lado temos
terminais batendo recordes de movimentações e investimentos em pátios, equipamentos e
treinamentos.
A infraestrutura precisa ser repensada e replanejada para acabar de vez com os gargalos
logísticos importantes que precisam ser superados, como a melhoria do acesso rodoviário e
ampliação do modal ferroviário.
Grandes empreendimentos pretendem ser implantados na retroárea do porto para agregar
valor à matéria prima que passa pelo porto, gerando valor as mercadorias exportadas, entre
elas o agronegócio. Agora nos resta seguir em frente, com projetos, planos e a esperança de conseguir colocar em prática tudo que esta sendo desenhado.

André Ursini
Colunista







